O senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado Federal e secretário-geral do Partido Liberal, expressou forte insatisfação com o reajuste do salário mínimo para 2025. Durante entrevista à rádio 96 FM, de Natal, na última segunda-feira (30), o parlamentar classificou o aumento como prejudicial às classes menos favorecidas.
Marinho destacou que o novo valor não acompanha o ritmo de alta da inflação e do dólar, o que, segundo ele, enfraquece o poder de compra da população. “Enquanto o salário mínimo subiu 6% em 2023, o dólar disparou 30%. É evidente para qualquer pessoa que frequenta supermercados que o poder de compra caiu drasticamente”, afirmou o senador.
Em suas redes sociais, Marinho acusou o governo federal de adotar medidas populistas, sem planejamento para o país. Ele também utilizou termos como “incompetente”, “populista” e “perdulário” para criticar a atual gestão. “O governo não tem um projeto para o Brasil, mas sim um projeto de poder, e para isso, está disposto até a comprometer as finanças do país”, escreveu.
Salário Mínimo: Reajuste e Impactos
O novo salário mínimo, fixado em R$ 1.518, começou a valer nesta quarta-feira (1º), após decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com um aumento de R$ 106, o percentual de reajuste foi de 7,5%, superando o valor de R$ 1.412 definido para 2024.
O salário mínimo é uma referência crucial para os rendimentos dos trabalhadores e aposentados, bem como para benefícios previdenciários e trabalhistas. Apesar de garantir um ganho real acima da inflação, a nova fórmula de cálculo vincula o reajuste ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores. Entretanto, o aumento está limitado a uma faixa entre 0,6% e 2,5% ao ano, conforme o arcabouço fiscal.
A mudança na regra substitui o antigo modelo, que considerava a inflação acumulada em 12 meses até novembro, somada ao crescimento do PIB. Dessa forma, o novo mecanismo visa equilibrar o impacto nas finanças públicas e nos rendimentos vinculados ao piso nacional.
Repercussões
O reajuste gerou debates acalorados entre economistas e políticos, dividindo opiniões sobre sua eficácia e sustentabilidade a longo prazo. Enquanto o governo argumenta que a medida preserva o poder de compra dos trabalhadores, opositores alertam para o possível aumento da pressão inflacionária e dificuldades fiscais.