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Censo do IBGE revela que favelas têm mais igrejas que escolas e hospitais

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou na última sexta-feira (8) os dados atualizados do Censo Demográfico 2022, com foco nas favelas e comunidades urbanas do Brasil. Os números destacam uma realidade surpreendente: nas áreas urbanas mais vulneráveis, o número de estabelecimentos religiosos supera o de instituições de ensino e de saúde.

Dados mostram predominância de igrejas e templos religiosos

Segundo o levantamento, o Brasil possui 958.251 estabelecimentos distribuídos em favelas e comunidades urbanas. Desse total, as igrejas e templos religiosos somam 50.934, contrastando com os 7.896 locais de ensino e 2.792 centros de saúde. A tendência se repete em todo o país, onde se registram cerca de 579,7 mil templos religiosos, enquanto unidades de saúde somam 247,7 mil e instituições educacionais chegam a 264,4 mil.

Expansão das favelas e aumento populacional

A pesquisa revela que 16,4 milhões de pessoas vivem nas 12.348 favelas e comunidades urbanas em território nacional, representando aproximadamente 8,1% da população brasileira. Em comparação com o Censo de 2010, houve um aumento significativo: na época, o Brasil contava com 6.329 favelas e 11,4 milhões de moradores. Esses dados indicam que, em pouco mais de uma década, tanto a quantidade de favelas quanto o número de pessoas vivendo nelas quase dobraram.

O Censo Demográfico 2022 traz uma visão ampla e detalhada das condições de vida em favelas e comunidades urbanas brasileiras, revelando tanto a crescente presença de igrejas e templos religiosos nessas áreas quanto o expressivo aumento da população. Esses dados são fundamentais para que políticas públicas mais eficazes possam ser desenvolvidas, considerando as necessidades específicas das populações que vivem nesses contextos.

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