A cantora gospel Vanilda Bordieri reacendeu o debate nas redes sociais ao comentar sobre a crescente polêmica envolvendo as chamadas bonecas reborn — modelos hiper-realistas que simulam bebês de verdade. Em um vídeo divulgado em seu perfil no Instagram, Vanilda abordou a complexidade do tema, defendendo o uso terapêutico das bonecas e criticando os julgamentos precipitados da sociedade.
A artista compartilhou que seu posicionamento é fruto de vivências pessoais. Ela relatou que, durante o avanço do Alzheimer de sua mãe, uma simples boneca foi capaz de proporcionar conforto e acalmar crises. Segundo Vanilda, essas bonecas, muitas vezes vistas com desconfiança, podem ter papel importante em contextos de cuidados com idosos, pessoas com deficiência intelectual e crianças com necessidades emocionais.
Além do testemunho familiar, a cantora também revelou que já teve contato comercial com o universo reborn. “Há pastoras que colecionam essas bonecas como forma de expressão artística. O problema está no preconceito e nas interpretações sem base”, afirmou.
Vanilda foi enfática ao dizer que é necessário diferenciar o colecionismo consciente de atitudes que exigem atenção psicológica. Ela condenou comportamentos extremos, como adultos que levam bonecas para hospitais fingindo serem filhos reais. “Quando alguém confunde fantasia com realidade a esse ponto, é preciso buscar ajuda profissional”, alertou.
A cantora também criticou o medo em torno dessas bonecas, muitas vezes alimentado por filmes de terror como Annabelle e Brinquedo Assassino. Para ela, essa demonização infundada contribui para um afastamento injusto de objetos que, em muitos casos, cumprem funções emocionais importantes. “Meninas cresceram brincando de boneca. Agora, por serem realistas, isso virou algo satânico? Precisamos parar com esses exageros”, disse.
O posicionamento de Vanilda dividiu opiniões nas redes. Enquanto alguns seguidores aplaudiram a coragem e sensatez da cantora ao tratar de um assunto tão delicado, outros criticaram a aparência das reborn, chegando a compará-las com bebês mortos.
A discussão ganhou ainda mais força após casos inusitados virem à tona, como disputas judiciais pela guarda de bonecas e tentativas de atendimento médico em unidades de saúde para itens inanimados.
Apesar da controvérsia, Vanilda Bordieri reforçou a importância de olhar o tema com empatia e discernimento. “O que precisamos é de equilíbrio. Nem tudo que foge do comum é motivo para condenação”, concluiu.