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A saída do Twitter/X do Brasil e a realidade de banimentos globais

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A recente decisão da empresa Twitter/X de encerrar suas operações no Brasil causou uma série de debates sobre os motivos e as consequências dessa saída. Embora a justificativa oficial possa envolver uma combinação de fatores econômicos, políticos e regulatórios, a decisão também se insere em um contexto mais amplo, onde a plataforma já enfrentou restrições ou foi banida em outros países por razões que variam desde censura política até preocupações com a segurança nacional.

A Situação no Brasil

No Brasil, a saída do Twitter/X foi precipitada por uma série de pressões regulatórias e judiciais. Nos últimos anos, a plataforma enfrentou várias batalhas legais, as quais foram classificadas como disseminação de desinformação, discurso de ódio e o não cumprimento de ordens judiciais para remover conteúdos específicos. Além disso, a crescente pressão de autoridades brasileiras por maior controle e transparência sobre as atividades da plataforma, especialmente no período pós-eleitoral, pode ter contribuído para a decisão da empresa de descontinuar suas operações no país.

Os desafios econômicos, como a dificuldade de monetização no mercado brasileiro e a crescente concorrência de outras plataformas de redes sociais, também não podem ser ignorados. A mudança de nome para “X” e a tentativa de reposicionar a empresa como uma “super app” global pode ter sido um esforço para focar em mercados mais lucrativos e menos controversos.

Twitter/X e Seus Banimentos Globais

A decisão de encerrar atividades no Brasil é apenas uma peça em um quebra-cabeça maior. Em várias partes do mundo, o Twitter/X já foi banido ou sofreu restrições severas, muitas vezes sob o pretexto de segurança nacional ou controle da ordem pública. Vejamos alguns exemplos:

Turquia:

  • Motivo: O Twitter foi bloqueado em várias ocasiões na Turquia, principalmente por motivos políticos. Em 2014, o governo turco bloqueou a plataforma após denúncias de corrupção envolvendo o então primeiro-ministro Recep Tayyip Erdoğan. O governo alegou que o Twitter estava sendo usado para disseminar gravações ilegais e informações falsas.

Coreia do Norte:

  • Motivo: Na Coreia do Norte, o acesso à internet é extremamente limitado e controlado pelo governo. Twitter, assim como a maioria dos sites estrangeiros, está bloqueado para a população. A razão é o controle estrito sobre a informação e a prevenção de influências externas no país.
  1. China: Desde 2009, o Twitter/X é bloqueado na China, onde as autoridades mantêm um controle rigoroso sobre a internet. O banimento é parte de uma estratégia mais ampla de censura digital conhecida como “Grande Firewall”, que visa restringir o acesso a informações não alinhadas com o governo central.
  2. Irã: O Twitter/X foi banido em 2009 após os protestos contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad. As autoridades alegaram que a plataforma estava sendo usada para incitar a revolta e espalhar desinformação. Apesar do banimento, muitos iranianos continuam acessando o Twitter/X por meio de redes privadas virtuais (VPNs).
  3. Nigéria: Em 2021, o governo nigeriano suspendeu o Twitter/X após a plataforma deletar um tuíte do presidente Muhammadu Buhari, que violava as políticas da empresa. O governo alegou que a plataforma estava sendo usada para minar a segurança nacional e a coesão social. A suspensão durou vários meses, até que a plataforma concordou em cumprir algumas condições impostas pelo governo.
  4. Mianmar: Após o golpe militar em 2021, o Twitter/X foi temporariamente bloqueado junto com outras plataformas de mídia social. As autoridades alegaram que essas plataformas estavam sendo usadas para organizar protestos e espalhar informações que ameaçavam a estabilidade do país.

Os Reais Motivos por Trás dos Banimentos

Os banimentos do Twitter/X geralmente refletem uma combinação de fatores políticos, sociais e econômicos. Em muitos casos, os governos usam a justificativa de segurança nacional ou controle da ordem pública para justificar o bloqueio, mas, na realidade, esses movimentos frequentemente visam controlar o fluxo de informações e impedir a organização de dissidências.

A capacidade do Twitter/X de facilitar a comunicação em massa e organizar movimentos sociais tem sido vista como uma ameaça por regimes autoritários. Além disso, as políticas da plataforma em relação à moderação de conteúdo, muitas vezes interpretadas como parcialidade política, também contribuem para o atrito com governos de diferentes espectros ideológicos.

Em resumo, a saída do Twitter/X do Brasil é um reflexo de um cenário mais amplo em que a plataforma tem enfrentado desafios significativos em diferentes partes do mundo. As razões variam, mas geralmente giram em torno de uma tensão entre a liberdade de expressão e o desejo dos governos de controlar o discurso público e manter a estabilidade política. Como resultado, a presença global do Twitter/X continua a ser moldada por um delicado equilíbrio entre interesses econômicos e as realidades políticas de cada país.

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Jornalista (CRP/BA 0006663/BA), radialista (DRT 5072/BA) e youtuber. Como jornalista já atua há 10 anos e atualmente é diretor de jornalismo do Portal Veja Aqui Agora . Desde 1984, atua no rádio, começando sua trajetória na Rádio Fundação Ide e Ensinai, em São Gonçalo dos Campos, na Bahia. Também trabalhou na Radio Cultura AM, Carioca AM, Betel FM, Cidade FM. Foi diretor da Comunidade FM, todas em Feira de Santana e atualmente trabalha na Rádio Elos, onde apresenta o Programa Bom Dia Felicidade, de segunda a sexta-feira, das 10h ao meio dia, também na mesma cidade. Também dirigiu a Rádio Shekiná FM em Vinhedo São Paulo e trabalhou como apresentador na Jerusalém FM na capital paulista. Como youtuber, administra os canais “Veja Aqui Agora News”, com mais de 160 mil assinantes e “Edivaldo Santos News” com mais de 15 mil assinantes. Para contato: vejaaqui.agora@hotmail.com

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