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Narrativas apaixonadas e interpretações subjetivas de jornalistas com o indiciamento de Bolsonaro

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A recente notícia sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados provocou uma reação intensa na imprensa brasileira. Alguns jornalistas se mostraram extremamente empolgados, enquanto outros optaram por comparações históricas, as quais não tem nada a ver, uma com a outra. Uma dessas comparações foi a de que o suposto “golpe” de Bolsonaro seria ainda mais violento que o de 1964, que que não passa de um absurdo e isso causou desconforto entre aqueles que lembram o período de repressão, torturas e mortes durante a ditadura militar.

Outro ponto levantado foi a curiosa escolha do nome “Punhal Verde Amarelo” para uma suposta operação golpista. Essa nomenclatura foi associada à “Noite dos Longos Punhais”, um evento histórico marcado pelo expurgo interno no partido nazista, incluindo a execução de Ernst Röhm, líder das SA. No entanto, críticos apontam que as análises jornalísticas parecem carecer de precisão histórica ao tentar traçar paralelos com o Brasil atual.

Enquanto isso, há jornalistas que já decretam o fim político de Jair Bolsonaro. No entanto, em um país com uma dinâmica política tão peculiar como o Brasil, onde reviravoltas e retornos são comuns, essa certeza pode ser precipitada.

Questões Jurídicas e o Papel da Justiça

Outro ponto controverso dessa narrativa jornalística é a situação envolvendo as Forças Armadas e a Justiça. Uma das peculiaridades deste caso é que o juiz encarregado de julgar os indiciados teria sido listado como alvo pelos supostos conspiradores. Essa situação gera debates sobre a imparcialidade e os limites do sistema jurídico brasileiro. No caso, por exemplo, o ministro Alexandre de Moraes que também é vítima no caso, por lei, tem que ser impedido para qualquer atuação, principalmente julgar.

Curiosamente, aqueles que atualmente celebram a atuação judicial são os mesmos que, no passado, criticaram duramente episódios como o diálogo entre o então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol durante a Lava Jato. A utilização de mensagens hackeadas do aplicativo de Dallagnol como provas, apesar de obtidas ilegalmente, foi validada pelo STF, resultando na libertação do então ex-presidente Lula e na anulação de condenações relacionadas ao maior esquema de corrupção da história brasileira.

Reflexão Sobre o Papel da Mídia

Enquanto alguns jornalistas comemoram a suposta “derrota moral” de Jair Bolsonaro e seus apoiadores, outros destacam a humilhação vivida pelas Forças Armadas, que, segundo analistas, teriam desempenhado um papel crucial na preservação da democracia.

No final, o episódio serve como mais um reflexo da complexidade política, histórica e judicial do Brasil, onde o debate público segue dividido entre narrativas apaixonadas e interpretações subjetivas.

Jornalista (CRP/BA 0006663/BA), radialista (DRT 5072/BA) e youtuber. Como jornalista já atua há 10 anos e atualmente é diretor de jornalismo do Portal Veja Aqui Agora . Desde 1984, atua no rádio, começando sua trajetória na Rádio Fundação Ide e Ensinai, em São Gonçalo dos Campos, na Bahia. Também trabalhou na Radio Cultura AM, Carioca AM, Betel FM, Cidade FM. Foi diretor da Comunidade FM, todas em Feira de Santana e atualmente trabalha na Rádio Elos, onde apresenta o Programa Bom Dia Felicidade, de segunda a sexta-feira, das 10h ao meio dia, também na mesma cidade. Também dirigiu a Rádio Shekiná FM em Vinhedo São Paulo e trabalhou como apresentador na Jerusalém FM na capital paulista. Como youtuber, administra os canais “Veja Aqui Agora News”, com mais de 160 mil assinantes e “Edivaldo Santos News” com mais de 15 mil assinantes. Para contato: vejaaqui.agora@hotmail.com

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