Donald Trump voltará à Casa Branca como presidente dos Estados Unidos a partir de 2025, após superar Kamala Harris em uma das eleições mais polarizadas da história recente. Esse retorno representa um evento raro na política americana: ele é o segundo ex-presidente a reassumir o cargo após uma derrota eleitoral, algo que apenas Grover Cleveland havia feito no final do século XIX.
Um feito histórico na política americana
A vitória de Trump marca a segunda vez em que um ex-presidente, após perder uma tentativa de reeleição, volta ao governo. Grover Cleveland, 22º e 24º presidente, foi o primeiro a realizar essa façanha, após ser eleito em 1885, perder a reeleição em 1889 e retornar à presidência em 1893. Assim como Cleveland, Trump também enfrentou uma derrota, em 2020, e agora retorna à Casa Branca após vencer uma disputa acirrada em 2024.
Pontos centrais da campanha de Trump
A campanha de Trump, direcionada a temas de grande apelo para eleitores conservadores, enfatizou a liberdade econômica, controle rigoroso da imigração e fortalecimento da indústria americana. Suas propostas incluíram a retomada de políticas de seu primeiro mandato, como a redução de impostos, restrições migratórias e a renegociação de acordos internacionais. Essa abordagem teve grande ressonância com sua base eleitoral, que permaneceu fiel, especialmente em áreas rurais e entre setores conservadores.
Polarização e desafios na eleição de 2024
A corrida eleitoral de 2024 foi marcada pela profunda divisão no país. De um lado, muitos eleitores desejavam o retorno das políticas de Trump; de outro, havia um desejo de continuidade das políticas de Biden, representadas por Kamala Harris. A campanha de Harris buscou ligar Trump aos eventos de 6 de janeiro de 2021 e ao aumento da polarização no país, apresentando-o como uma figura controversa e potencialmente perigosa para a democracia americana.
Expectativas para o segundo mandato de Trump e suas implicações globais
O retorno de Trump à presidência gera expectativas sobre como ele moldará as relações internacionais, especialmente em relação à China, Rússia e União Europeia. Em seu primeiro mandato, Trump seguiu uma abordagem pragmática, mantendo diálogos com líderes como Xi Jinping, Vladimir Putin e Kim Jong-un, em contraste com a gestão Biden, que adotou uma postura de isolamento em relação a esses países. Observadores agora aguardam como o republicano conduzirá esses relacionamentos e quais mudanças podem ocorrer.
Tentativas de atentado e fortalecimento da imagem de outsider
Durante a campanha, Trump foi alvo de duas tentativas de assassinato, o que reforçou a percepção entre seus seguidores de que ele é uma figura perseguida pelo sistema. O primeiro incidente, em julho, ocorreu durante um discurso, quando um ex-militante democrata atirou contra Trump, atingindo sua orelha antes de ser contido pelo Serviço Secreto. O segundo atentado, dois meses depois, também falhou. Esses ataques aumentaram a popularidade de Trump, reforçando sua imagem de outsider, alguém que enfrenta a política tradicional.
Com sua vitória em 2024, Trump volta à Casa Branca e promete um novo capítulo para a política americana. Sua gestão é aguardada com grande expectativa, tanto por seus eleitores quanto por líderes globais, e deve impactar significativamente a política interna e externa dos Estados Unidos.